quinta-feira, 23 de maio de 2013

SEM RUMO


Ah! Como eu queria agora ter a leveza de uma lembrança
Trazida pela emoção despertada
Eu queria ter a força de um furacão devastando pensamentos
Levando o princípio de sinais doridos de seios cravados
Eu queria ser beleza de um vulcão,
Jorrando sua incendiária lava no oceano e
Construindo terras férteis de confiança.
A profundidade azul do céu e o contrastante
Branco das nuvens que mesmo tão diferentes carregam no ar
A humildade de simplesmente existir.
Quem sabe talvez a velocidade de um pássaro
Rumando de encontro ao verão na distância de um beijo encolerizado.
Ah! Como eu queria agora flutuar nas mansas águas de um oásis
Tendo como fundo o doce mel dos seus olhos.
Pairar por sobre o veludo cálido da pele em chamas ou
A corrente gélida e pesada de uma chuva torrencial.
Vagar no desértico cume de montes invisivelmente
Marcados pela mão forjada da dor.
Eu queria ser o verbo apropriado da palavra ao
Soar o meus mais íntimos segredos, meus ais,
Revelando assim o que mais cala dentro de mim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário